segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Oposição encontrou fórmula para disputar 2024

 

Foto: Andrea Rego Barros/PCR

Por Edmar Lyra

A disputa de 2020 foi marcada por uma fragmentação de cinco candidaturas na oposição mais de centro-direita, vide Coronel Feitosa, Delegada Patrícia, Mendonça Filho, Charbel Maroun e Carlos Andrade Lima. A fragmentação em si não foi um erro, mas pesou contra os oposicionistas ataques mútuos que tiraram seus representantes do segundo turno na capital pernambucana. Apesar de não ter enviado um de seus integrantes ao segundo turno, a estratégia se mostrou inteligente faltando pequenos ajustes para 2022.

Na disputa deste ano a oposição lançou três candidaturas, Anderson Ferreira, Miguel Coelho e Raquel Lyra. Apesar de acontecer o risco de os três ficarem de fora do segundo turno, a estratégia de não ter ataques mútuos acabou beneficiando a todos, que tiveram bom desempenho e foram determinantes para a vitória de Raquel Lyra no último dia 30 de outubro.

Os números do primeiro turno e até mesmo do segundo na capital pernambucana trouxeram grande expectativa para a oposição, pois Anderson, Miguel e Raquel tiveram juntos 63% dos votos válidos no primeiro turno no Recife, e no segundo turno Raquel derrotou Marília Arraes com mais de 65% dos votos válidos, e esse ativo eleitoral poderá ser explorado pelos oposicionistas, que devem repetir a estratégia de três candidaturas para forçar um segundo turno e depois todos se juntarem contra o favorito João Campos, que tentará a reeleição.

Ao menos três nomes já estão no radar para a disputa: a vice-governadora eleita Priscila Krause, o deputado federal não reeleito Daniel Coelho e o deputado federal mais votado do estado André Ferreira já têm seus nomes ventilados para o posto. Ainda não se sabe qual seria o caminho do União Brasil, que teve Miguel Coelho candidato a governador e em 2020 lançou Carlos Andrade Lima, mas se tiver uma candidatura própria certamente ajudará a oposição a forçar o segundo turno.

Apesar das movimentações oposicionistas, é importante frisar que as chances de João Campos lograr êxito em 2024 são muito superiores às de Danilo Cabral na disputa deste ano, pois além de estar sentado na cadeira, terá o apoio do presidente Lula para conquistar o segundo mandato.

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