Por Magno Martins
Sem eleições gerais, unificadas, o Brasil vai vivendo a incontestável realidade de sair de uma eleição e já entrar na seguinte. A próxima é municipal – prefeitos e vereadores. Acontece daqui a dois anos, em 2024, mas as especulações para o jogo já começaram. No Recife, o que não falta é gente de olho na cadeira ocupada hoje pelo prefeito João Campos (PSB), candidato à reeleição.
Sem mais o controle da máquina estadual, João terá pela frente um adversário apoiado pela governadora eleita Raquel Lyra (PSDB). Será o duelo das duas máquinas, a municipal contra a estadual, o que Pernambuco não assistia há 16 anos, com a hegemonia do PSB no poder. O que já rola nos bastidores é que Raquel tem dois nomes naturais para entrar na disputa representando o seu grupo.
Pela ordem, a vice-governadora eleita Priscila Krause (Cidadania) e o deputado federal não reeleito Daniel Coelho (Cidadania). Deputado federal mais votado nas eleições deste ano, André Ferreira viria pelo PL, que tem ainda a alternativa Gilson Machado em razão da sua expressiva votação para o Senado. Fala-se também em Mendonça Filho, hoje no União Brasil, podendo mudar de partido, e a deputada estadual eleita Dani Portela, atual vereadora do Recife pelo Psol.
Priscila disputou uma só vez a Prefeitura do Recife e perdeu. Daniel tentou duas vezes – 2012 e 2016, mas também não chegou. Como está sem mandato e depende de um lugar ao sol na equipe a ser montada por Raquel, o deputado tem mais fragilidades do que a suposta concorrente Priscila, que sonha ser prefeita da capital desde que foi eleita vereadora do Recife em 2004.
“Se tivesse que fazer uma aposta seria em Priscila, a candidata mais forte que Raquel teria em seus quadros na aliança para enfrentar João com chances de derrotá-lo”, diz um cientista político, que prefere não se identificar. Segundo ele, Priscila terá espaço na mídia no Governo Raquel suficiente para transformá-la na candidata natural à Prefeitura do Recife em 2024.
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