Morre a cantora Gal Costa, uma das maiores vozes da música brasileira, aos 77 anos

Artista faleceu nesta quarta-feira (9). A causa ainda é desconhecida

Por Portal Folha de Pernambuco

Gal Costa, cantora - Foto: Felipe Souto Maior - Secult-PE/ FUNDARPE

A cantora Gal Costa, de 77 anos, faleceu nesta quarta-feira (9). A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação a veículos de imprensa nacionais. Segundo o comunicado, ela sofreu um infarto em casa, em São Paulo, e não resistiu.

Em outubro, a artista chegou a suspender a agenda de shows até o mês de novembro. A decisão ocorreu após ela passar por uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita.

A última publicação nas redes sociais de Gal, realizada nesta manhã, compartilhou um vídeo da cantora se apresentando ao lado de Caetano Veloso, um dos seus grandes parceiros de trabalho. Na gravação, eles cantam a música “Sorte” no programa “Chico e Caetano”, em 1986.

Em Pernambuco, Gal se apresentou pela última vez durante o 30º Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), em julho deste ano. Na ocasião, o encontro da cantora com um fã que levou 13 discos para serem autografados por ela viralizou na internet.

Um dos primeiros famosos a se manifestar publicamente sobre a perda foi o cantor Gilberto Gil, que acompanhou de perto a trajetória de Gal. “Muito triste e impactado com a morte de minha irmã Gaúcha”, escreveu o músico.

Nascida no dia, 26 de setembro de 1945, em Salvador, Maria da Graça Costa Penna Burgos era considerada uma das maiores vozes brasileiras, sendo um dos nomes à frente da Tropicália.

Gal aproximou-se, ainda na adolescência, de outros artistas baianos. Ao lado dos conterrâneos Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Tom Zé, ela estreou, em 1964, o espetáculo “Nós, Por Exemplo”, que inaugurou o Teatro Vila Velha, em Salvador.

A primeira gravação de Gal veio por convite de Bethânia, para uma participação na faixa "Sol Negro", em 1965. Em 1967 veio seu primeiro LP, “Domingo”, gravado junto com Caetano Veloso.

“Gal Costa” (1969), primeiro disco solo da baiana, trouxe clássicos como "Baby" e "Divino maravilhoso". O segundo álbum, batizado de "Gal", saiu no mesmo ano. Reconhecido como psicodélico, o disco é composto por canções como "Meu nome é Gal" e "Cinema Olympia".